terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Assassinato em Guinstock - Parte III

A SEGUNDA VÍTIMA



Mais uma vez o sono da família Wynston é interrompido logo ao despontar do dia, só que desta vez o barulho vinha da entrada da casa. Alguém batia desesperadamente à porta. George se levanta e vai atender, ao abrir vê o Xerife com cara de sério e um leve desespero ao bater na porta:
- Sr. Prefeito, me perdoe incomodar sua família tão cedo, mas...
- Por favor Xerife, te perdôo, mas não faça rodeios, vá direto ao ponto!
- Então... Sabe o Billy? Aquele rapaz que deu escândalo ontem no enterro de sua filha...
- Sei sim, Sr. Xerife.... Billy Petterson, o melhor amigo de Paty. O que tem o rapaz?
- Está morto. Foi encontrado pendurado por uma corda no pescoço, dentro de seu próprio quarto.
- Oh, meu Deus! Mas porque ele teria se matado. Um jovem atleta, sem problemas com drogas ou coisa parecida...
- Este é o problema, senhor,  ele não se matou. Foi encontrado sinais de violência por todo o seu corpo. Inclusive, sua língua foi arrancada e pregada à porta de seu quarto. O que significa que foi mais um assassinato.
Stuart que havia acordado com o barulho e já estava ao lado do pai quando foi dada a notícia por completo, não se conteve:
- Mas pai, quem em Guinstock seria capaz de um ato tão brutal assim?! Isso nem parece humano!
-É, filho quem fez isso é um psicopata astuto!
Stuart meneou a cabeça, o xerife se despediu e foi tomar as medidas necessárias para a investigação, Sarah já estava ao pé da escada, mas Robert nem seu quer acordara.
O café da manhã foi recheado de comentários tristes de inconformismo, mas Robert não parecia muito perturbado... ele alegava que depois de ter visto a morte dos pais e a da própria prima, todas de forma brutal não se chocava com mais nada.
Um dia bem cinza se passou. Fim de tarde, George acabara de sair do banho; batem a sua porta. Sara desce a escadaria a atende, era o xerife novamente, mas desta vez acompanhado de mais dois guardas.
- Sra. Wynston,  o Sr. Wynston está? – perguntou o xerife com um misto de nervosismo e apreensão.
- Sim, aguarde só um momento que ele já está descendo... Sentem-se.
George desce as escadas penteando seus curtos cabelos grisalhos.
- Algum problema, xerife?
- Na verdade sim, Sr, Wynston. Para mim, o senhor e toda sua família sempre foram um exemplo de honestidade, por isso sinto muito pelo que tenho que fazer agora...
- Sem rodeios, xerife, sem rodeios. Diga logo.
- Eu e meus homens estamos aqui para cumprir um mandato de prisão ao Sr. Robert James Wynston como principal suspeito do assassinato de sua filha e de Billy Petterson.
- O que?? Vocês estão dizendo que meu próprio sobrinho matou minha filha? E o Billy?
- Bom, pelo menos é o que nos indicam as evidências, veja bem Sr. Wynston, estamos aqui apenas cumprindo nossa função, chamei o senhor antes de efetuar a prisão em respeito aos anos de amizades que temos. E exatamente pela consideração que tenho pelo senhor e por sua família é que cobrei alguns favores na polícia e consegui que não enviassem seu sobrinho para a penitenciária da capital. Como ficou clara a natureza demente do assassino consegui fazer com que Robert fosse internado no sanatório Hendall, aquele na estrada perto daqui.
- Vocês é que estão loucos! Eu não posso permitir que isso aconteça... esse garoto já sofreu demais!! – gritou George já fora de si.
- Sinto muito, Sr. Wyston, mas levaremos Robert conosco, quer queira ou não! – disse um dos guardas encerrando a discussão.

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